quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Insônia II

Procura-me em horas indevidas,
Atormenta a minha vida,
Tu és uma constante inconveniente,
Que afeta a minha a mente.

É a minha amante preferida,
Entre todas que eu tive na vida,
Contigo perco a noção da hora
Não vejo o que ocorre lá fora

Dentre os meus vícios é o predileto,
Consome todo o meu eu por completo,
Quando dou por mim,
A minha noite já chegou ao fim.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ilusão...

Toda noite você chega à mesma hora,
Ao amanhecer você vai embora
Leva contigo toda minha energia,
Deixa-me esgotado para mais um dia.

Quando a noite se aproxima,
Eu já sei que serei a vítima
Tento fugir em vão
Não consigo, não mando no meu coração.

A noite toda me faz companhia,
Tu és a minha agonia,
Repousa delicadamente sobre a minha cama,
E logo pela manhã me abandona.

Pergunto o seu nome novamente,
Olho nos seus olhos e sei que tu mentes,
Sussurra em meu ouvido com certo encanto
Mas eu não me engano
Diz-me que seu nome é Paixão
Prefiro chamá-la de Solidão

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Obra...

Antes os que de tudo riam
agora com as memórias se arrepiam
Lembram de tudo o que fora construído,
Recordam-se dos mínimos sacrifícios.
Hoje existem apenas os escombros, pedaços de um coração
Todo arrebentado depois de uma paixão.

Os erros do passado interferem no momento presente
Acreditaram que amar era apenas o suficiente.
Será que havia uma bomba armada desde o começo em suas pilastras?
Será que elas não foram suficientemente reforçadas?

Quando a estrutura se abala
Não adianta colocar reforços,
O jeito é derrubá-la
E começar de novo, sem medir esforços.

Que dessa vez o alicerce seja bem feito,
Construído com muitos sentimentos
Nada de cimentar em cima de ressentimentos.
Tem que deixar de fora todos os sofrimentos.

Quando a obra for concluída
Poderá ser chamada de lar
e depois de um algum tempo nessa vida
Saberás realmente o que é amar.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Companhia...

Companheira constante nos últimos tempos,
Sinto como se fossemos um só.
Unidos por ironias do destino,
Seguimos lado a lado pelo mesmo caminho.

Apesar do desejo constante que você vá embora.
Sua presença me conforta nessas horas
Teimosa como sempre, insiste em ficar
Nunca vai embora antes do dia clarear.

Nesses nossos encontros noturnos,
Aprendemos as ser soturnos,
Hoje mais do que amantes.
Do amor, nós somos os negociantes.

Perguntam-me qual o nome da minha companheira
Hesito, me nego dizê-lo em vão
Decido a minha maneira
vou chamá-la de SOLIDÃO.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ruínas...


 Insônia me consome,
Faz de mim um escravo da noite,
Sob a luz da lua eu continuo minha vida,
Eu sigo, por noites a fio, a minha sina.
A procuro por todos os cantos e esquinas
Não a encontro e restam-me só as ruínas.

Procuro-a por todos os lados,
Não a encontro, fico desesperado.
Paro em um bar e bebo,
Vejo a imagem de um tolo no espelho.

Recordo-me de tempos bons,
De sentimentos puros e sinceros,
Regados à felicidade, sem sofrimentos.
Dou mais um gole, e parto para meu confinamento.

Tranco-me em minha mente,
Não me digas nada do que sentes
Mais uma noite de indecisão.
Tomo outro gole e parto em vão.

sábado, 3 de setembro de 2011

Átrio

No auge da madrugada esse sentimento me consome
toma o meu corpo que se entrega sem resistência.
refugia-se na alma sem a minha anuência,
Luto por noites a fio,
mas não consigo dominar esse sentimento doentio.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ato Não Consumado


Diz-me que é só amizade,
Mas lá dentro, tudo arde.
Quando penso no ato que não foi consumado,
Acordo e vejo que meu tempo está esgotado.

Saio da cama e tomo banho,
Penso em você e me sinto estranho,
Vai-se mais um dia,
Chega à noite e volto para minha cama vazia.

Após muito tempo sinto o gosto de um beijo bem dado,
O calor de um abraço apertado
Acordo assustado e estou novamente atrasado
Percebo que foi um sonho não um ato consumado.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Embora....

Embora possam suportar toda essa dor,
jamais imaginaram viver sem o amor.
Embora possam rir a todo instante,
ainda choram quando se recordam da foto sobre a estante.
Embora possam continuar caminhando,
preferem parar quando percebem que não estão mais se amando.
Embora possam ainda sonhar,
os pesadelos teimam em os acordar.
Embora possam desejar você,
sabem que em um “nós” não podem mais crer .
Embora muitas coisas ainda possam a toda hora,
Sabem que agora é a hora de irem embora.