terça-feira, 30 de agosto de 2011

Saudades V

Absorto em meus pensamentos,
Não vejo o tempo passar e perco a hora,
Na memória lembranças do dia que tu foste embora.
Hoje? Só a saudades sem fingimentos
.
Quando recordo do nosso amor discreto,
Faltam-me as lágrimas, me sinto incompleto,
Sinto saudades de um tempo bom,
Um tempo que quem mandava era o coração.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Amor a-gosto

Caso você acredite que achou sua alma gêmea;

De uma coisa pode ter certeza quanto às coincidências;

A impossibilidade de alguém ser igual a você é evidente,

Pois uma hora ela fará algo que você jamais faria mesmo sem precedências

E enquanto você tiver um coração que arde em amor,

Sentirá por todo o seu corpo o resulto das ausências.

Queimará a sua alma, e sentirá toda a minha dor.

Por mais que tente negar o sentimento,

Isso será mais forte que seu “eu interior”

Consumirá cada parte do seu coração

Transformando o amor em dor.

As lágrimas antes de felicidades,

Agora teimam em cair, que saudades,

O riso, que já foi alegre, bonito e engraçado

Agora é triste, sem graça e desbotado.

Ontem bastava um olhar para se despirem,

Hoje tudo não passam de memórias,

Memórias do amor em que viviam,

Onde importava apenas os prazeres e as glórias.

E ao ver o copo vazio, já no final da noite,

Irá encontrar a felicidade.

Que pedirá licença ao amanhecer

E partirá, deixando somente a saudade.


Smirin/Rocha

sábado, 13 de agosto de 2011

Mais uma noite de Abril


Mais uma noite ébrio,
Sinto no peito um vazio incondicional,
Faz-me sair do sério.
Toda vez que me recordo desse sentimento passional.

Mais uma noite de sono profundo,
Provocado pelo puro malte importado
O despertador toca desesperado.
Sinto ainda o gosto do último beijo dado,

Mais uma noite solitária.
Sinto o perfume da amada
No peito o coração quase salta para fora,
A respiração antes calma e ritmada, agora me falta.

Mais uma noite fria,
De sonhos e desejos,
De medos e anseios,
Sinto saudades do calor dos seus seios.

Mais uma noite qualquer,
Na cama vazia
Sem ter o ser o que se quer,
Somente eu e as minhas manias.

Mais uma noite longa,
E vejo meu copo vazio novamente,
O meu corpo sente falta do seu,
E minha mente, mente.

Mais uma noite em claro,
E meu corpo sente o peso do tempo
Faz-me sentir um certo fracasso
A falta de alguém ao meu lado.

E mais uma noite se vai,
Nesse último copo, o sóbrio sai,
Fica em seu lugar um coração febril
Que ainda sente por ti,
Tudo aquilo que ele sentiu em Abril.